domingo, 4 de julho de 2010

CRÔNICA DE UMA CIDADE

CRÔNICA DE UMA CIDADE

Como chocolates Sufflair. Entupo-me de amendoins e uso raízes revigorantes para nutir a vontade e a esperança: ginseng, gengibre, catuaba, jasmin...

A paixão é uma sensação estranha – ex-tranha. Vem de fora e nos consome pelas entranhas, pelos intestinos. Mexe com as vísceras, o intelecto, a razão, o juízo e o sexo. Faz com que você navegue outros mares, subir pra outros andares, te faz conhecer mil lugares, faz tatuagens na sua alma.

É um quasar pulsante, uma lua em escorpião, uma Andrômeda cadente, um risco, uma imprecisão, um envio de cartões pelo correio. Algo que se intromete em sua vida sem pedir quando ou permissão.

A paixão te pega de calças curtas, pequeno, indefeso, agnóstico, ateu. Faz com que aconteçam adultérios, mil loucuras, encontros às escuras, traições... É uma sede insaciável, um ponto de luz inacessível e inesgotável.

É atemporal e nem tem data pra acabar. É matemática, equacional e se mostra esplendida e inteira num carro qualquer com os vidros embaçados na escuridão de uma avenida da cidade.

2 comentários:

  1. Nossa...fantástico!É tudo isso ai mesmo...amei prof,vc escreve divinamente.Amo!!
    bjus
    Vivian

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  2. Olá,Alexandre!
    Suas palavras são adrenalinas pulsantes de algo tao oculto e tão presente ao mesmo tempo, que às
    vezes se enfrentam por um pedido de socorro. Adoro seus textos!Suas palavras causam um efeito
    envolvente em qualquer contexto.
    BEIJOS!!!!!
    Edna Rosa

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