terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Hai Kai

Teu amor
e nossa fé por novos dias,
é o que nos move
me acalenta
e dá um sentido
à esses dias
em que nada adianta...

*Para N., minha musa, meu amor, minha vida.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SÁBADO DE SOL

SÁBADO de SOL


Hoje é sábado, amanhã é domingo

Amanhã não gosta de ver ninguém bem

Hoje é que é o dia do presente

O dia é sábado.”

VINICIUS de MORAES In “O Dia da Criação”


Hoje está um bonito sábado de sol, e sábado é dia de...

  • fazer os pés, colocar uma sandalinha e exibí-los na padaria;

  • andar de mãos dadas;

  • ir ao parque Ibirapuera, tirar os sapatos e andar descalço na grama;

  • pegar a rodovia e deixar os cabelos ao vento;

  • deitar a cabeça no colo da pessoa amada e esperar um cafuné;

  • tomar banho junto;

  • comer pastel na feira e tomar garapa com suco de abacaxi;

  • acordar cedo e caminhar enquanto o sol não esquenta;

  • ler um bom livro;

  • comer bacalhoada;

  • tomar sorvete de casquinha;

  • beijar na boca;

  • ir ao parque do Trianon e abraçar uma árvore;

  • dizer ´Eu te amo`, mas de verdade!

  • fazer sexo com carinho, amor, tesão e paixão!

  • assistir a um DVD na cama com os filhos e a pessoa amada e fazer aquela bagunça!

  • deixar o carro em casa e pegar o metrô;

  • dançar ao som de um acordeon desafinado;

  • ver Michael Jackson ´cover´ dançando na calçada do Center 3 na avenida Paulista;

  • ir na praça Benedito Calixto e ´fuçar´ as bancas da feira de artesanato;

  • dos homens usarem bermudas e as mulheres vestidinhos florais esvoaçantes e uma Havaianinha colorida nos pés;

  • desligar o celular e deixar o relógio em casa;

  • se permitir, se doar, amar, amar e amar!

  • dar um abraço gostoso e silencioso;

  • dar gargalhadas;

  • usar óculos escuros;

  • aproveitar o dia;

  • ir à praia, meter o pé na areia, deixar as ondas lamberem as canelas...

  • tomar cerveja, comer um torresmo e batucar na mesa do bar ao som do pagode,

  • ser sincero;

  • chorar, se for necessário, se a vida estiver dura de se levar;

Enfim, um dia de sol, uma boa companhia e aproveitar a vida, é tudo que mais se quer, pois há momentos que pouco duram...não os perca!




segunda-feira, 10 de outubro de 2011

INVERNO SOZINHO

INVERNO SOZINHO

O primeiro inverno que passei sozinho

foi embora levando consigo

suas manhãs escuras e frias.


Agora me dizem que chegou a primavera.

Uma primavera com plataformas de estações de metrô lotadas.

Com avenidas lerdas, lentas e lesadas; entupidas de carros,

ônibus, motos com os seus cachorros loucos e gente estressada.


O primeiro inverno que passei sozinho

esse já foi!

Dizem-me, chegou a primavera;

mas, onde estão as flores?

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

MEDO DE AMAR, OU DO AMOR?

MEDO DE AMAR, OU DO AMOR?

“Como nos preparamos para uma perda incalculável? Como saber o tamanho do vazio que ficará em nós ou em nossos amados? Como medir a tristeza?[...] O que mais nos define não são as nossas perdas, mas como reagimos a elas, como transformamos finais em começos. A vida é uma caixa de Pandora, mas é também uma dádiva.”

MICHAEL KEPP, jornalista americano radicado há 28 anos no Brasil.


Eu te amo tanto quer até tenho medo!


Medo do primeiro raio do sol

que me acordará

deste sonho do amor.


Medo dessas chuvas de verão

torrenciais, violentas e indignas;

que alagam marginais, ruas, vilarejos e avenidas

e levam pra longe o meu amor.


Medo da noite,

da noite sinistra

e de todos os perigos que ela traz consigo.


Medo do escuro,

da escuridão da alma,

na hora mais ingrata da vida.


Medo do homem, da frieza desse homem!


Medo do marasmo,

do tédio dos sábados, do sexo sem orgasmos.


Medo da incompreensão,

da falta de tesão, do amor

levado por mais uma obrigação.


Medo do beijo que vem só da boca.

Medo do sexo que só quer a genitália.

Medo dessas brigas que não levam a nada.

Medo dos desejos e vontades não realizadas.


Medo de te perder, de deitar-me e não amanhecer ao seu lado.


Medo de não ter paciência.

Medo, simplesmente isso, medo.


O amor, às vezes, é algo grandioso que ficamos paralisados diante dele.


*Para a minha querida amada, minha namorada N., a quem temo muito, mas muito mesmo um dia perder.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

TÁTIL

TÁTIL

Era preciso o tato.


O tecido da blusa

tinha texturas, relevos,

o bico do peito eriçado.


Um olhar mais atento

podia revelar algo diferente:

Couro de pirarucu.

Tapeçarias.

Camurça de chinchila.

Crochê do Maranhão.

Linho pesado.


O frio do azulejo do banheiro

num dia de calor.

A barba de três dias a roçar

a nuca da amada.

A dentada certeira no antebraço do amado

na hora do orgasmo...sensações.


A pele é sensível,

orgânica, rústica; algo químico acontece.


É, meu bem, o coração ao sentir um certo toque,

fica empolgado.

domingo, 11 de setembro de 2011

A VERSÃO DELE

A VERSÃO DELE

Ele adora ver aquela bocetinha toda depilada, sem pelo algum, escancarada como se fosse um pêssego maduro...
Ele pede para sua amada abrir os grandes lábios, ou como ele diz: ´Arregaça essa boceta´, com os dedos que tem as unhas esmaltadas de vermelho. O grelinho fica todo exposto. Ele adora ver uma mulher assim, aberta, exposta, oferecendo-se, bem puta!
Ele enfia o nariz na bocetinha e sente o cheiro que ela exala ficando mais tesudo e tarado. Enfia o nariz, passa a língua e a enfia dentro da boceta. Ele lambe o clitóris. Ele é guloso e lambe mais e mais, enfia a língua na bocetinha toda depilada (delícia!); ela geme mais e mais. Ele adora ver a sua amada assim, dominada pela ponta da sua língua!
Ele separa bem as pernas e reto, ereto, duro enfia o pinto dentro da boceta. Sente o calor, as secreções, a sensção de prazer; sente a vagina molhada e acolhedora da sua amada a envolver o seu pinto...gostoso!
Enfia forte!
Estocadas firmes, decididas, sem dó! Ele a possui como um macho; ela, cadela, vira de quatro para que ele a possua por trás.
Ele adora essa posição, e ela também - dominar uma mulher por trás, segurar a cintura com firmeza, apertar com vontade a bunda, agarrar o pescoço, puxar os cabelos; mulher gosta de ser possuída por um homem que sabe o que está fazendo.
O vai-e-vem dos corpos, o suor na testa, o esforço, o tesão crescendo, acumulando-se, os gemidos, as ações caminhando num crescente, mais e mais e mais...e ele goza! Inundando a boceta dela com a sua porra quente.
Ela também goza, ambos gozam ao mesmo tempo, e isso é tudo, é o que há de mais gostoso no mundo!
Ele fecha os olhos; guarda o cheiro, os espasmos, o líquido quente que escorre da vagina. O silêncio do quarto, os corpos suados um em cima do outro...
Ele captura essas imagens, pois ele bem sabe, esse momento não vai durar, mas vai acontecer de novamente, mais forte e mais apaixonado.

sábado, 10 de setembro de 2011

A VERSÃO DELA

A VERSÃO DELA*

Ele ejaculou enchendo minha vagina da sua porra quente. Eu de quatro movimentava-me também pra conseguir o meu gozo, e ele veio. Veio estelar, pletora de alegrias, plêiade de estrelas.

Ele gozou.

Eu gozei.

Gozamos juntos, e isso foi o céu, o paraíso!

Depois do gozo, levantei-me, fui ao banheiro, fiz meu xixi e caí na cama, nua e dormi a noite inteira, sem nada ver, sem nada perceber e um sorriso maroto brincou nos meus lábios e assim a noite passou.

Nada vi.

Nada percebi. E acordei ao lado dele na manhã seguinte.

Isso é amor.

* O relato foi feito pela minha namorada N., eu somente o transcrevi.